O UFC Rio 2011 foi um evento visto ao vivo por milhares de pessoas que entrou para história do esporte nacional. Pode ser um “divisor de águas” para popularizar de vez a modalidade MMA (Mixed Martial Arts) no Brasil.
Há tempos os atletas nacionais se destacam nessa modalidade e os adeptos vêm aumentando exponencialmente. Além disso, as publicidades e os patrocínios de grandes empresas cresceu, isso mostra que há interesse comercial pois existe demanda para tal.
Um dos fatores que podem contribuir para a popularização de uma modalidade esportiva é o surgimento de grandes ídolos. O atleta Anderson Silva, vêm se destacando com suas atuações e está se tornando um ícone e um modelo de referência.
Anderson possui todas as características positivas para se tornar um novo ídolo nacional e ajudar a popularizar de vez o esporte que pratica. Sua origem humilde, seu sobrenome comum a de muitos brasileiros, bom moço, carismático, educado, “pai de família” etc. Vários são seus atributos e as qualidades que contribuem para as “projeções” e “identificações” das massas.
Um pouco de Psicologia.
Ao contrário do que entende o senso comum, atletas que participam do UFC (e de outros estilos de lutas) tem um alto nível de controle da agressividade, até para conseguir dosar as energias durante o combate, por exemplo.
Ao assistir a luta entre Anderson Silva e Yushin Okami, dois aspectos me chamaram a atenção nos lutadores:
1 – Concentração antes da luta:
Prestei atenção no semblante dos atletas, nas expressões faciais. As emoções provocam reações corporais e podem atrapalhar e prejudicar a concentração e outras habilidades psicológicas. Ao meu ver, os dois lutadores estavam aparentemente devidamente concentrados. Penso também que a torcida brasileira não desestabilizou e não influenciou negativamente Okami. Anderson Silva, não sentiu a pressão por lutar em casa. Ao contrário, isso foi um fator motivacional para ele.
2 – Tática durante o combate:
A tática utilizada pelo brasileiro desestabilizou a concentração inicial do lutador japonês. A autoconfiança (é diferente de excesso de confiança) de Silva, influenciou negativamente no desempenho seu adversário. As esquivas, a guarda baixa, as provocações e principalmente a técnica do atleta brasileiro fez com que a luta se tornasse tranquila de ser administrada e um grande adversário de altíssimo nível (considerado o melhor atleta japones que participou do UFC) fosse presa fácil.
Anderson “Spider” Silva é literalmente um guerreiro brasileiro, no esporte e na sua trajetória de vida. Torço para que seu exemplo influencie e inspire crianças e jovens brasil à fora.
Abraços.
Até!!!
A vitória de Rodrigo Minotauro sobre Brendan Schaub no UFC Rio foi sensacional em todos os sentidos. Ele sabia que o adversário era o favorito, no entanto, escolheu expor-se a uma distância mínima sob total risco de ser batido por ele. Foi a vitória do búfalo sobre o leão. A vitória da ousadia e da emoção toda ela em harmonia com a vontade. Quando chega-se a esse limiar de concentração qualquer um, em qualquer setor da vida, torna-se um aríete imbatível a romper muralhas ditas intransponíveis. Minotauro é um monstro. “Sabe” que seus dias como atleta de ponta estão contados, no entanto, uma vitória como essa é épica porque confronta exatamente aquilo que mais tememos, o fim da linha. Uma vitória como essa é um deboche ao fim da linha. Um f…-se na mais doce acepção.
Já Anderson Silva é um lutador mental dos mais geniais que já existiu e do mesmo naipe de Muhammed Ali. Nas duas vezes que derrubou o japa ele estava com a guarda baixa, aparentemente expondo-se ao adversário mas, na verdade, confundindo e desarmando-o por completo, levando-o a um estado mental próximo da hipnose, para em seguida mostrar ali quem manda. Toda força e comando é antes de tudo mental.
Saudações!