Aspectos psicológicos no badminton

O post de hoje é um pouco diferente, vamos falar de psicologia do esporte, porém, do ponto de vista de um preparador físico e técnico de Badminton.

Pedro Pahor* foi quem colaborou com esse post. Pedro é meu colega de trabalho e  atuamos com jovens tenistas, procuramos desenvolver uma intervenção interdisciplinar.

Aspectos psicológicos no badminton

O que é Badminton?

O badminton nasceu na Índia como “poona” e foi levado pelos colonos ingleses para a Europa por volta de 1870, eles, “rebatizaram” o nome do  jogo. A modalidade se desenvolveu e em 1934 foi criada a IBF (Federação Internacional de Badminton).

O objetivo do jogo basicamente é lançar a peteca sobre a rede para que ela caia no chão da quadra adversária, também é considerado ponto quando a peteca não passa a rede ou caia fora dos limites da quadra. As partidas são realizadas em melhor de três games, divididos em 21 pontos, em caos de empates por 20 a 20 o confronto se estende até que um dos times obtenha dois pontos de vantagem ou chegue primeiro ao trigésimo ponto. As partidas são disputas por jogos de simples masculino e feminino, por jogos de duplas masculinas e femininas e por duplas mistas. O Badminton é um dos esportes mais praticados no mundo, pois é muito popular em países  da Ásia, como: China, Índia e Indonésia (para saber mais sobre as regras e curiosidades, clique no link http://www.cob.org.br/esportes/infograficos/BD/index.html).

O Badminton é uma modalidade caracterizada pela tomada de decisões em milésimos de segundo. Durante um rally de 20 segundos de duração, cada atleta rebate a peteca cerca de 30 vezes. Um smash, semelhante a uma cortada numa partida de vôlei, atinge em nível internacional cerca de 260 km/h, sendo que o recorde mundial é de 414 km/h dado pelo indonésio Tan Boon Heong. Tudo isso numa quadra de 6,7 por 5,18 metros no caso de um jogo de simples.

Diante disso, detalhes determinam o sucesso de um atleta em acertar a peteca na linha, ou defender adequadamente um golpe tão poderoso acima dos 300 km/h. Dentro desses detalhes, é fundamental um desenvolvimento técnico e físico adequado, mas também uma capacidade psicológica de lidar com as diversas variáveis do jogo, especialmente numa disputa tão rápida sobre todos os aspectos.

Torna-se necessário atingir-se o seu ponto ótimo de ativação para conseguir aproveitar seu máximo potencial. Investigar as variáveis mostra-se algo essencial.

Uma análise feita com jogadores de badminton mostrou altos níveis de ansiedade antes de competições e uma grande falta de concentração. Com o intuito de melhorar o desempenho dos atletas, a psicologia do esporte vem atuando de forma direta na preparação dos atletas desta modalidade esportiva.

Para o êxito de um treinamento/preparação psicológica, tanto no badminton quanto em qualquer outra, é fundamental adequar o processo à preparação física, técnica e tática. Desta forma, temos o papel do treinador com grande importância. Detectando os pontos fortes e fracos de seus atletas e relatando-os ao psicólogo do esporte, este por sua vez terá seu trabalho facilitado, aumentando conseqüentemente a probabilidade de melhora na performance motivacional e no desempenho do atleta.

Para tal, o psicólogo do esporte deve identificar, analisar e atuar de forma positiva em diversos fatores que podem influenciar o rendimento dos atletas. Em outras palavras, ansiedade, estado de humor, fatores de personalidade e conduta desportiva são, entre outros, aspectos essenciais para serem trabalhados. No entanto, são ferramentas que devem ser desenvolvidas de acordo com a necessidade e demanda de cada indivíduo.

Outro tema que pode ser abordado nas intervenções é a respiração. Os diversos métodos de respiração, além de serem de fácil assimilação, podem contribuir de forma direta no relaxamento, atuando de forma positiva no Sistema Nervoso. Isto acarreta diminuição dos batimentos cardíacos, dilatação periférica, atividade cortical, diminuição da ansiedade, melhora na concentração etc.

Na preparação psicológica do atleta, deve-se sempre levar em consideração os objetivos e metas a serem atingidos durante as fases de periodização do treinamento. Portanto, pode-se concluir que para um impacto positivo resultante deste processo é condição “sine qua non” a atuação harmoniosa entre técnico, atletas e psicólogo do esporte.

REFERÊNCIAS

MENDO, A.H.; MACÍAS, M.M. Planificacion de Un Programa de Intervencion Psicologica En Badminton. http://www.efdeportes.com/ Revista Digital – Buenos Aires – Año 8 – N° 45 – Febrero de 2002.

***

* Pedro Pahor é técnico de badminton da equipe São Bernardo Badminton e colobarador do Badzine Brasil. Também atua como preparador físico de tênis na WBT team competition e é formado pela Escola de Educação Física e Esporte da USP.

Para contato: pedropahor@bol.com.br

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Abraços.

Até!!!

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