Dossiê Psicologia do Esporte – Revista Psique

psique-126Psicologia na prática do esporte: hoje, há consenso sobre a influência do desempenho mental na atuação dos competidores de alto nível, mas o equilíbrio emocional é determinante também para o sucesso pessoal.
(Texto publicado em parceria com a Revista Psique – 126; Agosto de 2016).

PDF da matéria acesse aqui   ou acesse 

Para uma boa performance na vida o aspecto emocional é o grande diferencial para que os atletas consigam se destacar, mas não são restritos aos competidores. O treinamento psicológico traz benefícios para todos.

O esporte é um dos principais fenômenos socioculturais desde a Grécia Antiga. Hoje, certamente, muitos atletas são referência para pessoas que nem sempre são esportistas, mas simpatizam com filosofias que o esporte carrega como foco, atenção, determinação, superação, entre outros. A grande maioria dos atletas medalhistas, por exemplo, se tornam ídolos e até popularizam esportes antes não tão admirados, como aconteceu com Gustavo Kuerten na época em que se tornou o melhor tenista do mundo e também o espelho até mesmo para crianças, que trocaram a adoração pelo futebol por essa modalidade. Mas Guga é só um dos exemplos. O esporte brasileiro  e mundial  tem muitos outros atletas modelos. Porém, há casos conhecidos em que o esportista apresenta seu melhor momento físico, técnico e tático, entretanto, por diversos fatores, não trabalha bem seu aspecto emocional
e este é, sem dúvida, o grande diferencial nas competições. Aquele que estiver preparado psicologicamente terá resultados melhores. Há inúmeras variáveis que podem influenciar
positiva ou negativamente a atuação de um atleta ou da equipe. Todos os competidores, desde os grandes favoritos aos iniciantes, sofrem influências, e as pessoas mais equilibradas
emocionalmente, naqueles momentos decisivos, é que se consagrarão. E essa lógica serve para a vida também, seja no campo pessoal, profissional, em família etc.

Voltando ao esporte, podemos dizer que esta não é ciência exata; ele é sempre executado por humanos e, por isso mesmo, a imprevisibilidade está presente nos ginásios, nas
piscinas, nas pistas, nos campos. O comportamento mental, comprovadamente, influencia de maneira definitiva a performance de alguém em qualquer área da vida, que dirá nas
competições esportivas. Nossa paixão nacional, o futebol, nos mostrou de forma dolorosa, como um desfecho mal elaborado pode desestabilizar 11 homens em menos de 15 minutos. E
afetou também o equilíbrio emocional de uma legião de torcedores.

Foi a partir desse evento, na Copa do Mundo sediada no Brasil, com os “donos da casa” derrotados por um placar vergonhoso, que vimos crescer o debate sobre a atuação de psicólogos esportivos, uma área bem reconhecida em outros países, mas que ainda é pouco explorada no Brasil. De modo geral, todos sabem da importância da prevenção psicológica no esporte, porém, na prática, poucas equipes efetivamente preparam seus atletas devidamente.

Psicologia do esporte deve se adaptar: 

Cada modalidade esportiva tem suas
peculiaridades, sua cultura e seu universo, e a Psicologia do esporte deve se adaptar a essas situações, pois as modalidades são diferentes umas das outras, assim como as capacidades
físicas, técnicas e táticas são distintas de um esporte para outro. isso também acontece com a preparação psicológica. Os recursos necessários para um bom desempenho de maratonistas são diferentes dos recursos dos esgrimistas, que são também diferentes dos jogadores de handebol. Nas modalidades coletivas, algumas responsabilidades podem ser partilhadas. Isso não acontece em modalidades individuais, onde todo o desempenho atlético é fruto do comportamento de uma pessoa.

Habilidades psicológicas devem ser seguidas: desempenho mental e preparação emocional são aspectos imprescindíveis para a conquista de vitórias no esporte, mas alguns requisitos podem ser aproveitados também na vida pessoal e profissional.

É nítido e incontestável que o desempenho e a preparação mental são fatores fundamentais para a obtenção do sucesso na atuação do esportista de alto rendimento. No entanto, essas conquistas precisam ficar restritas apenas ao esporte. Existem algumas habilidades psicológicas que devem ser seguidas por esses competidores, e pessoas focadas em alcançar o sucesso.

Equilíbrio Emocional:
Os esportes competitivos talvez sejam um dos poucos fenômenos sociais em que as emoções oscilam abruptamente. Se nos espectadores é comum, imagine nos atletas. Desenvolver o equilíbrio emocional é fundamental para qualquer pessoa. No esporte ele chega a ser primordial, pois um erro pode ocasionar uma avalanche de sentimentos negativos e levar à derrota. Saber retornar desses momentos (frequentes) dos jogos e competições é uma habilidade que pode ser diferencial para uma decisão e até para a carreira de qualquer
atleta. A tensão exacerbada proporciona emoções negativas, como raiva, frustração e medo. Como consequência, podem desencadear problemas durante a atuação, incluindo a tensão muscular e desvio de concentração, que propicia distrações, lentidão de raciocínio na execução de golpes, movimentos lentos, entre outros.

Concentração: 
É comum ouvir alguém dizendo “Concentre-se”, “Foco”. No esporte, estar concentrado é um dos
aspectos importantes para o bom rendimento. A concentração é um tipo de percepção. A percepção é basicamente uma capacidade cognitiva, que faz reconhecer o mundo ao redor através dos sentidos (visão, tato, olfato, audição, paladar). Portanto, para perceber alguns eventos que nos cercam, o cérebro utiliza diferentes tipos de atenção.

O ambiente está cercado por vários estímulos que aguçam a percepção, e a atenção seleciona e codifica alguns deles que interessam no momento. Quando se foca em poucos estímulos, utiliza-se a concentração – que nada mais é do que prestar mais atenção naquilo que é relevante naquele determinado momento. Ou seja, no adversário, nos pensamentos e nas sensações corporais. Quando se ouve alguém falar de foco, é preciso lembrar de um feixe de luz iluminando um local escuro. A falta de concentração em determinados momentos de uma competição é uma das queixas mais frequentes que os psicólogos do esporte têm de lidar no seu trabalho. Estar concentrado é uma habilidade psicológica muito importante para qualquer atleta, porém pode haver níveis diferentes de concentração, dependendo da situação exigida na competição. Por exemplo, para um pivô no basquete e um atleta de tiro esportivo as exigências são muito distintas. Durante uma competição, a concentração pode ser determinante para o resultado.

bernardinhoTolerância à frustração:
As derrotas podem ensinar mais do que as vitórias. Pouco tempo atrás, o tenista Novak Djokovic era um coadjuvante em relação a Rafael Nadal e Roger Federer. Em diversas entrevistas, ele disse que aprendeu muito com as suas derrotas. Esse foi seu principal combustível para se desenvolver, estudar os seus erros e obter a confiança para perseverar. Alguns adversários são mais do que simplesmente rivais, eles podem proporcionar indiretamente as condições para a evolução de um atleta. Se a derrota equivale ao fracasso, nunca se ganhará a batalha da confiança com esse tipo de crença (Rolo e Haan, 2009).

Desempenho sob pressão:
Controlar a ansiedade nos momentos mais difíceis é comportamento típico que ocorre durante as competições e que, naturalmente, põe pressão em quem está atuando. Todo atleta, antes do início de uma partida, sente-se ansioso, agitado, apreensivo de que possa acontecer algo inesperado. Não é adequado que essas sensações cresçam e se tornem amedrontadoras a ponto de não conseguirem realizar plenamente suas capacidades. Aceitar que a ansiedade é inevitável na competição e saber que pode lidar com ela são habilidades essenciais para recuperar psicológico na sequência de acontecimentos inesperados ou distrações
(Samulski, 2008). Superar o medo ele é uma emoção natural do ser humano e pode ser controlado.
O psicólogo do esporte canadense, Garry Martin, ensina que,para eficácia dos aspectos psicológicos quando eles são transferidos para o ambiente das competições, os treinos devem ser o mais semelhante possível às exigências durante o torneio. É importante treinar taticamente, mas deve ser dado tempo para treinar questões mentais. Como isso pode ser feito? Simulando condições típicas competitivas, treinos mais intensos, com jogadores sendo mais agressivos, atletas realizando funções diferentes das habituais, com torcida a favor ou contra, com ruído e som alto, com placares adversos etc. Na preparação para os Jogos Olímpicos de Pequim 2008, a equipe de badminton chinesa utilizou muitos treinos simulados, principalmente com o ginásio lotado, para ensinar aos seus atletas como lidar com a pressão da torcida e a adversidade de um jogo, já que esse esporte é um dos mais populares na China. Portanto, a pressão pelo ouro olímpico seria inevitável. Os atletas chineses não decepcionaram: levaram todos os ouros da modalidade.

Mesmo os grandes gênios do esporte, em algum momento da carreira, tiveram obstáculos e percalços e precisaram se superar para reconduzir sua trajetória. Essa característica é chamada de resiliência, termo que, assim como a palavra estresse, vem da Física, e a Psicologia emprega para designar o indivíduo que consegue ultrapassar grandes adversidades, resistir às pressões e,com muito esforço, reconduzir a sua vida. Na resiliência, a motivação é
componente primordial de todo o processo de superação.

Autoconfiança:
Confiar em si mesmo e na equipe é uma habilidade que deve ser desenvolvida. Quem não a possui dificilmente consegue se dar bem no esporte competitivo. Autoconfiança é diferente de soberba; é entender que o atleta possui qualidades e também limitações, é saber utilizar as qualidades nos momentos negativos e trabalhar as limitações nos treinos.
Assim como saber perder, aprender com as derrotas é uma lição importante, valorizar e usufruir das vitórias também é um comportamento que estimula a autoconfiança. Nos
momentos de crise e adversidade é necessário se lembrar das sensações da vitória, do prazer proporcionado ao conseguir um objetivo.
Pensar positivo, ter uma atitude positiva, verbalizar coisas positivas são fatores tão importantes
em treino quanto em competição. Essas ações repercutem no corpo,
deixando-o mais relaxado e equilibrado para executar os movimentos necessários (Samulski, 2008). Corpo e mente estão interligados e, por isso, as atitudes negativas também refletem em nossos músculos. Como consequência, entre outros aspectos, ocorrem desequilíbrio e diminuição da performance.
Em competição, quanto mais enfrentam adversidades, mais positivos têm que ser para construir  confiança e autoestima. A confiança está relacionada diretamente ao êxito percebido. Então, muitas vezes os atletas só acham relevantes as vitórias, quando o mais importante é a atitude durante a competição. Ou seja, há jogos que se vence jogando mal e outros que se é derrotado jogando bem (Gallwey, 2004).

Modalidade Mental•
O tênis é considerado uma modalidade esportiva na qual a parte mental é
uma de suas principais armas. Neste cenário, o sérvio Novak Djokovic vem
se consolidando como principal destaque. o número 1 do ranking mundial
admite que investe no fator psicológico, fazendo uso de uma “abordagem
holística”, como ele mesmo define, que inclui a prática de meditação e yoga,
além, é claro, de hábitos alimentares específicos e treinamento intensivo.

Motivação:
É possível definir motivação basicamente como os motivos que levam às ações em busca das metas em todos os aspectos da vida. Pode ser exemplificada também como a direção e a intensidade dos esforços. Motivação é uma “energia psicológica” que faz com que a pessoa se
comporte de determinadas maneiras. Para saber o que motiva é imprescindível ter autoconhecimento. Portanto, quando se fala em motivação não existe “receita de bolo”, pois ela é pessoal, individual e exclusiva. Não há motivação sem busca por metas.
Segundo Samulski (2008), as metas podem tornar os sonhos e  ambições profissionais palpáveis,desde que se faça algo para alcançá-los. É preferível, do ponto de vista psicológico, que se pretenda alcançar metas de atuação em vez de resultados. As metas de atuação podem ser controladas. Os resultados, não. As metas de atuação são de esforço, por exemplo: ter uma boa atitude durante o jogo; manter-se confiante nos momentos difíceis; usar a agressividade positivamente sem deslealdade. Esse tipo de meta é mais fácil de executar, depende exclusivamente do indivíduo. As metas por resultados (ganhar um torneio, chegar às quartas de final, golear um adversário, por exemplo) são mais complexas de se atingir, pois não dependem fundamentalmente do indivíduo, mas de outras variáveis que não podem ser  controladas e a probabilidade de frustração é muito alta.

Respeito:
Respeitar o adversário, as regras do jogo, o fair play, o ambiente competitivo, os horários das partidas, os árbitros, assistentes e colaboradores deve ser uma obrigação para qualquer atleta. Ser leal com seus adversários e com o público que está prestigiando. O respeito, mais do que uma habilidade, é um valor moral. Os atletas são pessoas que têm o poder de influenciar a conduta de crianças e jovens e nem sempre compreendem esse papel que exercem na sociedade.

braz e lavillenie e bubka• Fair play•
A expressão fair play significa jogo limpo, ter espírito esportivo. Seu conceito está vinculado à Ética no meio esportivo, onde os praticantes devemsempre procurar atuar de forma a não
prejudicar o adversário de maneira proposital. o termo, porém, vem sendo utilizado em praticamente todos os segmentos da sociedade moderna e assume o significado de trabalhar ou apresentar uma conduta de acordo com padrões éticos e morais.

Inteligência tática:
Saber ler as nuances do jogo do adversário, seus pontos fortes e fracos, e utilizar estratégias para minimizar as jogadas dele. Isso é inteligência tática. Em competições, os jogadores deveriam evitar focar em seus pontos fracos (deixe isso para os treinos). Devem pensar nos pontos positivos de seu jogo, tendo por base os pontos fortes, ou seja, abusar de suas jogadas de confiança. Quanto mais positivo for durante a competição, melhor, mesmo que seus  pensamentos sejam negativos com relação a si mesmo.

 É importante os atletas desenvolverem um repertório grande de variação de jogadas e ter paciência para colocá-las em prática nos momentos adequados. Nem sempre o estilo de jogo de uma equipe irá se encaixar com o do adversário. Ter coragem de arriscar pode ser fundamental quando estiver numa situação como
essa. Jogar com simplicidade também ajuda. Inteligência não é sinônimo de belas jogadas. Em muitos momentos, fazer o básico para marcar um ponto pode ser a estratégia mais adequada.

Disciplina:
Habilidade e talento, por si só, não são os únicos requisitos para uma carreira vitoriosa. É necessário ter muita disciplina. Michael Jordan disse certa vez que 90% são transpiração, e 10%, inspiração. Pelé, frequentemente, comenta que, após as rotinas diárias, ele ficava mais tempo treinando faltas com a sua perna esquerda (ele é destro) e cabeceio (que ele dizia ser seu pior fundamento).

Treinar com intensidade, cuidar da alimentação e dormir bem são fundamentais para qualquer atleta. O treinamento esportivo nada mais é do que repetição de exercícios.

Para saber mais:
Segundo Rudik (1990), o rendimento esportivo máximo é alcançado quando os atletas atingem uma forma esportiva caracterizada por vários aspectos,
entre eles: melhora da atividade total da consciência, aumentando a velocidade
das reações motoras; processos de percepção produzidos com rapidez, tornando-se mais claros e eficazes; aumento da atenção, melhorando a capacidade de
distribuí-la ou concentrá-la, elevando também a capacidade de alterar rapidamente o foco de atenção de um objeto para outro; aumento da capacidade de
realizar esforços volitivos máximos, da confiança em suas próprias forças e da
vontade de vencer.
Balague (2001) coloca que cada fase do treinamento tem requisitos psicológicos diferentes e, por isso, para que se obtenha um ótimo rendimento é necessá-
rio que as habilidades psicológicas sejam estimuladas e desenvolvidas conjuntamente com as capacidades físicas e as habilidades técnicas e táticas.
Para Korsakas e Marques (2005), “se a periodização compreende o planejamento do treinamento esportivo, quando se fala sobre a preparação psicológica
integrada aos outros processos desse treinamento, não poderíamos tratá-la de
forma diferente. Basicamente por dois motivos: o primeiro pela necessidade de
combinar a preparação do atleta considerando-o como uma totalidade, que atuará empregando todo o seu potencial (aspectos físicos, técnicos, táticos e psicológicos) na busca dos objetivos da competição; o segundo pela necessidade
de utilizar a preparação psicológica adequadamente, sem acreditar que palestras
motivacionais, filmes ou conversas, isoladamente, poderiam dar conta de uma
preparação com qualidade”.

Espírito de luta:

Há um estudo que diz que, para ser especialista em qualquer área, são necessárias 10 mil horas de prática. Portanto, isso leva anos para ser adquirido. Infelizmente, algumas coisas terão de ser deixadas de lado em algum momento na carreira esportiva. Às vezes, o lazer, a convivência com os amigos e até com familiares. Porém, todos os seres humanos necessitam de momentos de relaxamento e de descanso (físico e mental). Entregar-se a eles faz parte de
uma atitude disciplinada. Desligar do esporte nessas ocasiões e aproveitar para fazer algo que não faz com tanta frequência.

Alguns comportamentos podem ser sinônimo de espírito de luta: garra, atitude, intensidade, coragem, jogar do primeiro ao último minuto com a mesma gana e energia, manter uma situação emocional construtiva quando as coisas vão mal, acreditar em seu potencial.

Para Loehr (1990), treinar e jogar com intensidade é uma habilidade que requer repetição. Os atletas terão o melhor de seu desempenho quando puderem manter um estado de intensidade elevada e de energia, que se alimenta essencialmente de suas emoções positivas. Os sentimentos de entusiasmo, inspiração, decisão e desafio são um ponto central para se desenvolver nessa habilidade. Os treinamentos servem de termômetro para as competições, ou seja, não há fórmula mágica. Quanto mais semelhantes os treinos forem das competições, melhor. Dessa maneira, muitas características aqui apresentadas podem ser facilmente transferidas para a vida. O treinamento sem qualidade não capacitará ninguém a competir bem. E viver é um eterno treinamento, não é mesmo?

Um fenômeno Psicológico:
Rei do Futebol   e atleta do Século são alguns dos inúmeros adjetivos utilizados para definir o talento para o futebol de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Colecionador de títulos e recordes, ele, hoje com 75 anos, além de ser conhecido em todo o planeta, é unanimidade quando se fala no melhor jogador de todos os tempos. Contudo, não são apenas os fatores
físicos e técnicos que pesaram na vitoriosa carreira do ídolo. Psicologicamente, Pelé também era um craque. Quem atesta a tese é Tostão, também  ex-jogador e seu companheiro de equipe na seleção brasileira, campeão mundial no México, em 1970. No ano em que completou 70 anos, Tostão, que é médico, homenageou o Rei em sua coluna publicada no jornal Folha
de S.Paulo. em um dos trechos, ele disse: “Do ponto de vista psicológico, Pelé também era um fenômeno, seus níveis de concentração, atenção e ativação eram extremos. Possuía um grande equilíbrio emocional e controle da ansiedade. Sabia o momento exato de canalizar sua raiva e agressividade. ele não se abalava com os adversários e adversidades e se motivava ainda mais
com os grandes desafios. Pelé foi um atleta que tinha consciência de suas habilidades e treinava as mesmas exaustivamente, era um perfeccionista. Por um conjunto complexo de fatores (biológicos, genéticos, psicológicos, cognitivos, intelectuais e ambientais) Pelé é o Rei do Futebol”, conclui.

Referências:
Korsakas e Marques. A preparação psicológica como componente do treinamento no basquetebol.In: De Rose Jr. e Tricolli, basquetebol: uma visão integrada entre ciência e prática. Manole Ed., 2005.
Cristina Rolo, Daniel Haan. treino mental no tênis: estratégias práticas para o sucesso. 2009.
Robert Weinberg; Daniel Gould. fundamentos da Psicologia do esporte e exercício. Ed. Artmed, 2001.
Garry Martin. consultoria em Psicologia do esporte. Ed. IAC., 1997.
Dietmar Samulski. treinamento mental no tênis: como desenvolver as habilidades mentais. Ed. Manole, 2008.
James E. Loehr. el juego mental. Ed. Tutor, 1990.
W. T. Gallwey. o jogo interior de tênis. Ed. Texto, 2004.

***

Abraços…

Até !!!

 

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: