Novak Djokovic: o número 1.

 A semana se inicia com façanha histórica para o mundo do tênis. O atleta Sérvio, Novak Djokovic depois de se tornar o número 1 do ranking da ATP, ratifica a boa fase vencendo pela primeira vez o torneio de Wimbledon.

Novak Djokovic: o número 1.Djokovic quebra uma hegemonia da dupla Nadal-Federer que lideravam o circuito desde fevereiro de 2004 e foram campeões de 22 dos últimos 26 Grand Slams, sendo que 3 desses 4 títulos restantes foi Djokovic quem faturou.

Impressões da partida:

O primeiro set da final de Wimbledon foi disputado, 6×4 para Novak, Rafael Nadal também poderia ter vencido.  A impressão era de que os dois atletas estavam “soltos”,  golpeando e arriscando as jogadas.

No segundo set Djokovic iniciou os games mais concentrado e seu jogo fluiu e arrasou com qualquer tentativa de reação de Nadal, vencendo por 6×1. Parecia que Nadal havia sentido a derrota do primeiro set.

No terceiro set, quem teve uma “pane” foi Djokovic e isso fez com que Rafael Nadal se aproveitasse e venceu o set com facilidade, 6×1.

O quarto set foi muito nervoso, seria decisivo para ambos e de alguma maneira Djokovic retornou com a mesma tática do segundo set, a “pane” havia passado e ele conseguiu neutralizar a reação de Nadal. O espanhol vacilou num game importante no inicio e Djokovic definiu os pontos nos games decisivos e abriu uma pequena vantagem sobre seu adversário. O último game foi o mais indefinido do jogo que culminou com a vitória para fechar a partida, por 6×3.

Tennis: The mental game.

As tais da “pressão e tensão” como não poderiam deixar de ser, estavam presente na quadra londrina.  A pressão para Nadal provavelmente pelo recente retrospecto de seu adversário, o espanhol  perdeu as quatro últimas finais (mas nos confrontos Nadal ainda é vencedor 16×12). Para Djokovic o fato de ser agora número 1 do mundo era como “obrigação” vencer em Wimbledon para justificar tal feito. “Djoko” conseguiu lidar muito bem com esses aspectos psicológicos, derrotou “Rafa” em finais pela quinta vez consecutiva. Não estamos falando de um tenista qualquer,  Rafael Nadal sempre foi um adversário extremamente complicado de ser derrotado numa decisão, um tenista quase perfeito. Portanto, a façanha de Novak Djokovic é um feito marcante. Fica agora a pergunta, será que Rafael Nadal está sofrendo da “sindrome de Roger Federer” ? Assim como “travou” nos últimos jogos com Novak Djokovic ? (Federer não consegue soltar seu jogo e apresenta inúmeras dificuldades quanto enfrenta o espanhol. Nadal apresentou comportamento semelhante contra o sérvio). Esse “efeito psicólogico” em esportes individuais é bastante comum quando atletas do mesmo nível se enfrentam.

A partida nos mostrou que a concentração é sem dúvida um dos elementos principais de uma partida de tênis é uma habilidade psicológica que pode ser decisiva. Quando Djokovic vacilou, principalmente no terceiro set, Nadal impôs seu jogo e dificultou a vitória do sérvio. Esse depoimento ao final da partida ilustra um pouco sobre esse aspecto: “quando você enfrenta o melhor jogador do mundo, tem que estar no seu melhor, tem que jogar o seu melhor tênis. Eu sabia que hoje teria que fazer meu melhor jogo para derrotar Rafael Nadal”.

Djokovic demonstra em outras declarações, atitude de campeão: “Depois do titulo da Copa Davis, eu estava cheio de vida, cheio de energia, louco para voltar à quadra de tênis e jogar mais e mais torneios. Se fosse sintetizar isso, eu diria que eu perdi o medo. Passei a acreditar no meu potencial mais do que nunca”. A confiança de suas capacidades, esse é um dos comportamentos frequentes no repertório dos grandes vencedores.

Se existe em uma palavra que pode definir a condição mental desse grande atleta nesse momento de sua carreira, essa palavra é intensidade. Novak Djokovic vibra intesamente e isso lhe auxilia em sua automotivação, consegue ser agressivo nos momentos decisivos das partidas e isso intimida seus adversários. Nos acontecimentos mais difíceis da final por exemplo, conseguiu retomar o equilibrio e não se abalou quando suas jogadas não saiam como gostaria. E, principalmente consegue aprender a desenvolver suas habilidades se espelhando em seus adversários,   “Nadal e Federer me fizeram melhorar, me tornaram um tenista melhor”.

Parabéns ao excelente atleta, número 1 incontestável. Foram 48 vitórias em 49 jogos esse ano, vencendo campeonatos em todos os  tipos de pisos.

Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos que ocorrerá em breve no circuito americano….

Abraços.

Até!!!

3 comentários em “Novak Djokovic: o número 1.”

  1. Ronaldo Queiroz

    Ótimo texto Rodrigo, é legal fazer essa leitura de uma vitória, não somente falando do jogo, mas de todo o contexto para se chegar a viória, e nesse caso sendo campeão.

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