O Vôlei masculino sagrou-se tricampeão mundial derrotando a seleção Cubana por 3 sets a 0. Na primeira fase o Brasil perdera para Cuba por 3 a 2. O confronto na decisão serviu como um tira teima e legitimou o título brasileiro. Anteriormente na semifinal a seleção brasileira havia derrotado os anfitriões, a Itália, por outros 3 sets a 1. Resultados incontestáveis.
Do ponto de vista psicológico os atletas nacionais foram muito bem durante a final. Entraram com o nível de ativação adequado, concentrados e controlando a ansiedade nos momentos mais difíceis do jogo, já que o ginásio estava em sua grande maioria torcendo contra a seleção brasileira. Durante o campeonato a equipe brasileira mostrou mais uma vez que é um grupo coeso, mesmo esse sendo um grupo renovado e com atletas que foram campeões com a seleção pela primeira vez. Souberam ultrapassar todas as adversidades que encontraram e isso fortaleceu e motivou os atletas. Vale destacar o papel de Giba que foi importante para os seus companheiros. Diferente dos outros mundiais onde foi o destaque da equipe. Dessa vez, sua função foi semelhante ao que ocorreu com os ex-atletas Giovanni e Carlão em outras gerações. Giba foi um líder e
conselheiro fora de quadra e foi fundamental para o equilíbrio emocional da equipe.
É indiscutível a hegemonia da seleção brasileira na modalidade nos últimos anos. O Brasil se tornou também o país do Voleibol. Os resultados desde as categorias de base até as seleções adultas demonstram grande evolução do esporte. Bernardinho e sua comissão técnica conquistaram 23 títulos ao longe de 10 anos, são resultados extraordinários.
Os tricampeões mundiais infelizmente ficarão marcados não só pela vitória, mas negativamente pela atitude de entregar o jogo diante da Bulgária. O Brasil não foi a única seleção que utilizou desse artifício para se beneficiar de um regulamento equivocado e possibilitar enfrentar um adversário mais fraco em outras fases do campeonato. Porém, a equipe de Bernardinho perdeu uma grande oportunidade de mostrar mais uma vez que é superior aos demais, inclusive no respeito ao fair-play. O time que quer ser campeão não deve escolher adversários. Giba comentou que a atitude da equipe diante da derrota para a Bulgária mancharia sua carreira. O técnico Bernardinho ficou constrangido a tentar explicar os motivos para tal comportamento de seus comandados após o jogo.
Como escreveu o pensador Nicolau Maquiavel, “os fins justificam os meios”. Será que é esse o tipo de esporte que queremos? O Esporte brasileiro não merecia um exemplo deplorável e desonesto de uma equipe que sempre orgulha o torcedor e que mais uma vez comprovou que tem condições de vencer qualquer seleção. Infelizmente isso é comum no esporte de alto rendimento e já ocorreu em muitas modalidades.
Torceremos para que essa situação não se repita novamente. Respeitar os amantes do esporte é o melhor exemplo de honestidade e justiça, independentemente de vitórias ou derrotas.
Abraços.
Até !!!
Oi Rodrigo,
Bom artigo!!
Esse campeonato teve uma sensação estranha, um misto de alegria, por comprovar que o trabalho de base quando bem feito resulta em grandes resultados por longo periodo e de decepção pelo que aconteceu com o jogo com a Bulgária… Enfim, só gostaria de comentar o episódio onde o Mario Junior acabou declarando que o time entregou mesmo aquela partida e agora, pós-conquista, a postura dos demais em desmenti-lo. Chato pra equipe, para o jogador, falta de comunicação… Bom, só lembrar tambem que o resultado de Brasil e Italia foi 3×1. Bjs
Major thanks for the article post. Will read on…